segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Companhia das Lezírias


"Um paraíso moldado pelo homem"

A Companhia das Lezírias existe desde 1836, criada com vocação agro-pecuária, mantém actualmente as principais caracteristicas da sua fundação. Actualmente é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Ocupa uma área de 200 km2 (duas vezes e meia a área total do Concelho de Lisboa), dispersa pelos concelhos de Benavente, Vila Franca de Xira e Salvaterra de Magos. É a maior exploração agro-pecuária e florestal existente em Portugal. A suas actividades principais são as mais variadas: vitivinicultura, olivicultura, orizicultura, pecuária, produção florestal e mais recentemente o turismo.

A visita à Companhia



Depois de um amável convite do nosso amigo Manuel Nogueira, concretizou-se no dia 22 de Maio a tão aguardada visita. Queremos deixar em nome da Associação de Antigos Alunos , o nosso agradecimento pelo convite, pela maneira entusiasta com que nos recebeu, pela disponibilidade ao longo da visita e pelas explicações que nos foi proporcionando, de modo a que todos os que participamos tivéssemos ficado com o conhecimento duma realidade que para nós era completamente desconhecida.

domingo, 30 de maio de 2010

Pequena Companhia






Depois de um café servido no restaurante "A Coudelaria" onde se seguiu mais tarde o almoço, foi aqui que começou esta aventura pela Companhia. Chama-se a Pequena Companhia. É uma quinta pedagógica para onde se deslocam centenas de crianças das escolas para passarem um dia com os animais domésticos e desenvolvendo actividades relacionadas com a vida no campo. Aproveitando o ambiente o simpático Eng. Jerónimo, frente a alunos dispostos a aprender, deu-nos a primeira lição sobre como na Companhia se criam e tratam as 4.5oo cabeças de gado bovino. As preocupações com a alimentação dos animais. A incorporação do linho, cultura rica em ómega 3, na sua alimentação, um projecto pioneiro em Portugal.

Produção florestal



Caminhos a perder de vista. É assim a Companhia das Lezírias. O sector florestal com uma área de 8.500 ha, dos quais 6.500 ha são ocupados pelo montado de sobro. Com superfícies inferiores aparecem o pinheiro bravo com 1.400 ha, o eucaliptal com 700 ha e o pinhal manso com 330 ha.

Esta extensão florestal é uma parte relevante dos produtos que a empresa gera - cortiça, madeira e as pinhas.

A loja do vinho



Fomos recebidos por uma simpática Ucraniana, de seu nome Olena que num português correctíssimo nos foi dando "dicas" sobre as características e variedades dos vinhos e azeites produzidos pela Companhia das Lezírias.

Complementam esta oferta, vinhos generosos,brancos e tintos, espumante bruto e aguardente velha de 40 anos.

Loja - Fase da embalagem






Depois das explicações sobre a qualidade/preço dos vinhos, ninguém veio de mãos a abanar. As filas para se conseguir o produto eram intermináveis.

O Jorge não esteve com meias..."tintos"! Não teve paciência para esperar e atacou de imediato o barril.

Adega - Lição sobre o funcionamento da adega



O Manuel Nogueira explicando à plateia muito interessada, as várias fazes do processo de tratamento da uva até chegar ao tal precioso líquido.

À direita, a parte superior ou seja, as tampas das cubas inox, onde se processa a fermentação do vinho.


Ainda na adega






Vista da parte modernizada da adega, onde se podem ver as cubas inox e as barricas de "carvalho francês", obviamente importadas, porque a tanoaria em Portugal já era... A aquisição anual de barricas novas destina-se ao envelhecimento dos melhores lotes, dando lugar aos melhores vinhos produzidos na Companhia. Como exemplo o "Catapereiro Escolha" um vinho premiado em concursos de vinhos engarrafados.

A vinha



Vista de uma parte das vinhas da da Companhia das Lezírias.

Actualmente na Companhia, são explorados 130 ha de vinha, dos quais 65% são de castas tintas e 35% são de castas brancas.

A vindima é efectuada de dois modos, manual e mecânico. A maior parte da vindima faz-se por processo mecânico. Neste, apenas duas pessoas conseguem efectuar o trabalho de aproximadamente outras 25, vindimando 5 ha por dia.

Daqui partimos para o tão desejado almoço buffet, com muitas e deliciosas iguarias.

Durante o almoço I



Mesa solidária com o fotógrafo, que está de lugar vazio e prato ainda cheio.

Durante o almoço II



Pelas expressões conclui-se que o almoço não estava mau, mas dá para perceber que o vinho das Lezírias é de muito boa qualidade.

Durante o almoço III

Já vamos nas sobremesas... é bom ver a satisfação do dever cumprido...

Após almoço I



Depois de um bom almoço, um bom descanso.

Após o almoço II


Houve quem não ficasse atrás no remanso.

Uma discussão de difícil entedimento

O Dr. Manuel Osório e o Jorge Barata apresentando com muita convicção as suas razões para saber qual dos dois é o maior: O Sporting ou o Benfica.

Para mim depende do ponto de vista...

Do meu ponto, é o Sporting sem sombra de dúvida.

sábado, 29 de maio de 2010

Visita aos apartamentos dos "Lusitanos"



É hora de visitar os elegantes Puro-Sangue Lusitano, que não deixam de vir à janela para um simpático convívio.

Cavalo Puro-Sangue Lusitano



Pastando em cerca de 400 ha, 30 trinta éguas de ventre são a base da coudelaria da Companhia das Lezírias.

A raça "puro sangue lusitano " tem características únicas, é um cavalo muito dócil e com grande versatilidade. É usado como cavalo de sela e passeio, de saltos, de Alta Escola, de Equitação de Escola e o cavalo de toureio de eleição.

Os cavalos Lusitanos da Companhia são reconhecidos pelo seu elevado nível e reconhecida qualidade. Tem nos últimos anos vários campeões em concursos da especialidade onde têm participado

A barragem



A barragem de Vale do Cobrão, parte da qual fica dentro dos terrenos da Companhia é o maior fornecedor de água para o cultivo do arroz. Na falta desta há necessidade de recorrer a água captada do rio Sorraia. Esta cultura tem necessidades muito prementes em quantidade de água que chega a ser o dobro das despendidas no cultivo do milho.

A orizicultura

Nos terrenos da Companhia o cultivo de arroz ocupa cerca de 1110 ha, com uma produção de 7 milhões de quilos. As operações da campanha do arroz iniciam-se em Março e Abril. O ciclo da cultura completa-se por volta do mês de Outubro.

Nós portugueses bem precisamos do arrozinho, pois dizem as estatísticas que somos os maiores consumidores per capita da Europa (cerca de 15 kg), valor duas vezes e meia superior ao segundo maior consumidor a Espanha.

Na imagem um dos terrenos a perder de vista já preparado para o início da cultura. Para os menos conhecedores da matéria as marcas sob as quais é vendido o arroz da Companhia são as variedades Bom Sucesso e Belmonte.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aula sobre produção de carne bovina



O Engº Jerónimo perante uma plateia atenta e interessada, dando explicações sobre as preocupações na Companhia das Lezírias, no que toca à alimentação do gado bovino. Às pastagens naturais, como a bolota do montado, os fenos (luzerna e leguminosas) as palhas (trigo, cevada e aveia), juntam-se cerca de 3.000 toneladas de fenos recolhidos todos os anos para reforço da alimentação do efectivo animal. Foi introduzida pela Companhia a cultura do linho, rica em omega 3(gordura polinsaturada, crucial para uma boa saúde do sistema cardiovascular), na alimentação dos animais. A produção biológica e o controlo da sua origem dão-nos a garantia de que a carne produzida na Companhia é de superior qualidade.

Animais na lezíria



As vacadas da Companhia das Lezírias, num total de 4.500 animais de raças Mertolenga e Preta, ocupam uma área disponível para forragens e pastagens de cerca de 8.000 ha repartidos pela Lezíria e pela Charneca.

O rio Sorraia



Um trecho do rio Sorraia que atravessa a lezíria. Vendo-se ao fundo o seu encontro com o Tejo.

Fim de festa


Grupo dos 32 magnificos em pose para a posteridade no fim do simpático passeio à Companhia das Lezírias. Com grande vontade de partir para outras aventuras.